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Comunidade de Leitores - "Cadernos da Água"

Dia 18 de março | 16h00

Neste encontro iremos retomar à ficção com o romance de João Reis “Cadernos da Água”. Novamente, encontramos como fio condutor as alterações climáticas, numa narrativa distópica de uma “realidade que estamos habituados a ver à distância pode, afinal, vir a ser a nossa”.

Para este ciclo de Encontros, 2022-2023, a Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal de Alpiarça escolheu como tema central das suas leituras a emergência climática. Perceber qual o impacto da ação do homem na natureza, no reino animal, nos ecossistemas. Aparentemente, aprendemos a dominar o meio envolvente, mas isso estará a diminuir o sofrimento no mundo, a nível individual ou coletivo e permitir um desenvolvimento sustentável a médio e a longo prazo?
 
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Cadernos da Água
 
Num romance composto a múltiplas vozes, é feminina a voz que se sobrepõe, através do fio condutor de um caderno onde regista o seu dia a dia de refugiada na companhia da filha. O destinatário dos seus apontamentos é o marido, em parte incerta, e somos nós quem os lemos. São portugueses estes refugiados.
 
O Estado português dissolveu-se, e o território está sem lei. Deram-se as Guerras Meridionais da Água, o Primeiro e o Segundo Eventos, e até uma pandemia de rex-vírus 3, que se espalhou pela Europa, pelo Médio Oriente e pelo Norte de África. Os países do Norte fecharam as fronteiras e interromperam o apoio financeiro que vinham a dar aos países do Sul da Europa, a «taxa do deserto». A seca é extrema.
 
Uma narrativa distópica de leitura compulsiva a partir da primeira linha. Um romance construído com grande mestria e com um desenlace surpreendente.

in: wook.pt


Biografia
 
João ReisJoão Reis (Vila Nova de Gaia, 1985)
 
É autor de vários romances: A Noiva do Tradutor (2015|2019); A Avó e a Neve Russa (2017), finalista do Prémio Fernando Namora; A Devastação do Silêncio (2018), semifinalista do Prémio Oceanos 2019; Quando Servi Gil Vicente (2019), também finalista do Prémio Fernando Namora; e Se com Pétalas ou Ossos (2021). O seu romance Bedraggling Grandma with Russian Snow está nomeado para a edição de 2022 do Dublin Literary Award. Os seus livros foram já publicados nos EUA, no Brasil, na Sérvia e na Geórgia.
 
 
Em 2015, foi finalista do Bare Fiction Prize, na categoria «flash fiction», e, em 2018, foi-lhe atribuída uma das bolsas de criação literária da DGLAB. Licenciado em Filosofia, fundou a Eucleia Editora (da qual foi editor durante dois anos), viveu e trabalhou na Escandinávia e traduz obras de línguas escandinavas para português.



A boa conversa de fim de tarde à volta dos Cadernos da Água de João Reis ofereceu-nos mais uma oportunidade para refletirmos sobre o  impacto das alterações climáticas. Este romance, na sua dimensão literária e ficcional, distópica, através das suas personagens, mostra-nos a dimensão humana, política e social  numa anunciada "Guerra Meridional da Água". "Guerra" essa que, subtilmente, concluímos nós, já está em marcha.
Intervalámos, como habitualmente, provámos o magnífico bolo confecionado pela Rosário que desta feita não nos pode acompanhar. Uma vez mais, muito obrigado Rosário. 
Voltámos à conversa com a apresentação do livro do nosso amigo Francisco Branco "Alma, Coração e Ser". Poesia, numa edição de autor (livro com montagem do próprio, cosido à mão) que nos retrata uma parte da sua vida dedicada à Associação  Casapiana, em Santarém. Parabéns Francisco! Retomámos o diálogo sobre a obra de João Reis, evidenciando a importância da dimensão humana em toda a narrativa e também o impacto das nossas atitudes, individuais e coletivas, na preservação do meio ambiente.

 
 
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